No cenário em constante evolução da atualidade, surgem dois conceitos fundamentais que ecoam com urgência: sustentabilidade e responsabilidade social.
À medida que a população global cresce, ganha força a necessidade premente de conter as mutações climáticas e de empreender esforços para nivelar as desigualdades sociais.
Essa conjuntura crítica tem provocado uma reavaliação profunda das operações empresariais, incitando uma abordagem mais ponderada e orientada para a mudança.
Dentro desse contexto desafiador, surge o ESG, uma sigla que decifra uma abordagem vital: Ambiental, Social e Governança. Essa sigla, que tem a sustentabilidade como fio condutor, inspira uma série de táticas destinadas a promover as tão necessárias transformações.
O redirecionamento das estratégias corporativas rumo a esses três pilares tem se mostrado uma salvaguarda essencial para a manutenção e expansão dos empreendimentos.
Um estudo conduzido pela EY revelou que praticamente todos os investidores (99%) incluem informações relacionadas ao ESG como um critério crucial para suas decisões de investimento.
Adicionalmente, essa pesquisa constatou que 78% dos investidores compartilham a convicção de que as organizações devem efetuar aportes que considerem os aspectos ambientais, sociais e de governança.
Tal mudança paradigmática está remodelando as estratégias de negócios no território brasileiro. Uma pesquisa realizada pela Aberje constatou que o ESG ocupa o centro das prioridades de 95% das empresas.
Paralelamente, o IBM Institute for Business Value (IBV) demonstrou, por meio de suas análises, que 48% dos CEOs brasileiros conferem máxima prioridade a essa temática. Esses números enfatizam a relevância das estratégias ESG na abordagem dos desafios contemporâneos.
O impacto transformador do ESG nas empresas
Diversos fatores colaboram para intensificar a preocupação em superar os desafios ambientais, sociais e de governança. Entre eles, salienta-se, de maneira inequívoca, a inquietação quanto à sustentabilidade do planeta.
As alterações climáticas, catalisadoras de catástrofes naturais e fenômenos extremos, impõem uma ameaça às colheitas, à infraestrutura produtiva e logística, bem como a toda a cadeia de fornecimento. Outro aspecto crucial é o efeito de atração e retenção de talentos e consumidores. A crescente geração mais jovem atribui um valor crescente à missão e à sustentabilidade das empresas onde trabalham ou com as quais se envolvem.
Por consequência, as empresas que adotam práticas ancoradas nos pilares ambientais, sociais e de governança registram um desempenho financeiro mais robusto em períodos de tempo mais curtos, conforme constatado pelo estudo realizado pelo Pacto Global da ONU em colaboração com a Stilingue.
Nesse estudo, 78,4% das organizações participantes incorporaram o ESG em suas estratégias, enquanto 8,9% das empresas sofreram perdas de negócios ou clientes por negligenciar essas abordagens. Tal fenômeno espelha a crescente consciência dos consumidores, que preferem apoiar empresas engajadas nas questões ESG.
Certificações sustentáveis
A crescente adoção das práticas ESG não se limita apenas às estratégias corporativas, mas também se estende aos produtos e serviços oferecidos pelas empresas.
Nesse sentido, a obtenção de certificações sustentáveis se destaca como um importante selo de credibilidade.
Certificações como as relacionadas à origem responsável dos materiais, à pegada de carbono reduzida e ao impacto social positivo conferem uma marca de autenticidade aos produtos, gerando confiança nos consumidores.
Essas certificações não apenas reforçam a preocupação da empresa com a sustentabilidade, mas também permitem que os consumidores façam escolhas informadas e conscientes, alinhando-se com seus próprios valores.
Assim, a busca por certificações sustentáveis não só contribui para a preservação do planeta, mas também agrega valor ao negócio, consolidando uma imagem positiva e ética perante o mercado e a sociedade como um todo.