Não se trata de uma moda passageira ou focada em um só segmento: o conceito ESG instalou-se de forma definitiva na gestão de empresas e organizações de todos os tipos e setores. E o agronegócio está entre os que sofrem mais pressão para seguir à risca seus preceitos, alçando o ESG no agronegócio como um instrumento-chave de posicionamento no mercado.
O agronegócio brasileiro, afinal, está no centro das atenções não só no país mas no mundo. Responsável por boa parte do nosso PIB e motor da economia, o agronegócio tem enorme potencial para gerar empregos e oferecer alimentos de qualidade para vários países - mas também cobra-se que tenha responsabilidade ambiental e social, bases do conceito ESG.
O que é, então, o ESG - e como implementá-lo? Qual sua relação com o agronegócio? E por que os consumidores estão pressionando os produtores a adotar a agenda ESG? Respostas a seguir!
O que é e como implementar?
A sigla ESG refere-se ao termo inglês Environmental, Social and Governance e indica a necessidade das organizações serem geridas com responsabilidade ambiental, social e de governança. Adotar as práticas ESG hoje é uma exigência do mercado e do número cada vez maior de consumidores atentos à forma como os produtos que compram são gerados.
Implementar o ESG requer uma mudança de perspectiva: ao invés de encarar como uma tarefa, basta perceber que esse investimento trará um enorme valor agregado ao seu produto e à sua marca, destacando-os no mercado. Em seguida, o melhor caminho é entrar em contato com uma certificadora de orgânicos independente e seguir as boas práticas de cultivo.
Já o pequeno produtor com mais dificuldade para fazer investimentos pode associar-se a cooperativas que, com a força conjunta, também conquistam a certificação de orgânicos.
Qual é a relação entre ESG e agro?
A relação entre ESG e agronegócio é absolutamente estreita: responsável por cerca de 26% do nosso PIB, o agro tem a missão de seguir produzindo cada vez mais ao mesmo tempo em que renova os recursos naturais e preserva as florestas, os animais e a qualidade do ar e das águas. E isso é alcançado ao se seguir as práticas atreladas ao conceito ESG.
Outra relação importante é que o agronegócio responde por mais de 20% dos empregos formais no mercado de trabalho, sem contar os agricultores familiares que atuam na informalidade. Disseminar o ESG no agro significa melhorar a vida de milhões de pessoas e atrair ainda mais trabalhadores para o setor rural.
Quando tanto grandes empresas quanto pequenos agricultores seguem as práticas ESG, o agronegócio brasileiro como um todo conquista visibilidade, confiança e se fortalece.
Fair for Life e as vantagens para os produtores
De acordo com as boas práticas de ESG, o selo Fair For Life - Comércio Justo garante que a empresa possui condições de trabalho decentes e seguras em toda a cadeia de abastecimento, além de práticas agrícolas ambientalmente amigáveis.
Entre as vantagens da certificação estão um preço de compra justo superior ao preço de mercado, um sistema de proteção para os produtores em caso de crise e aumento da autonomia dos produtores.
Podem ser certificados com o selo Fair for Life matérias-primas agrícolas, alimentos, cosméticos, detergentes, têxteis e artesanato. Os produtos podem obter o selo quando 80% de suas matérias-primas vêm do Comércio Justo.