O consumidor atual consome cada vez menos alimentos de origem duvidosa. Preocupadas com o meio ambiente, com seu estado de saúde e com o que colocam dentro do corpo, há uma parcela numerosa e crescente de pessoas que exigem saber onde e como foram produzidas as mercadorias que adquirem no mercado.

É por isso que existem instrumentos para atestar que a criação de um determinado produto seguiu todos os padrões éticos e legais da indústria de alimentos - e desta maneira provam, para o consumidor, que trata-se de um produto saudável e de alta qualidade. Dentre estes instrumentos, um dos mais importante é a rastreabilidade de alimentos.

Como funciona a rastreabilidade de alimentos

A rastreabilidade de alimentos é a melhor maneira para dar transparência a todas as etapas da cadeia de produção alimentar. Da criação da matéria-prima até a chegada do alimento pronto nas mãos do consumidor, todos os estágios da cadeia alimentar são vistoriados por órgãos de certificação para gerar dados sobre cada lote do alimento em questão - dados que são registrados em códigos de rastreabilidade.

Este processo permite que cada lote daquele alimento seja monitorado durante a produção e o abastecimento por qualquer pessoa com acesso ao código, inclusive o revendedor e o cliente final. Se houver qualquer falha na cadeia produtiva, ela pode ser rapidamente identificada e corrigida para evitar prejuízos à qualidade do produto final.

É uma ferramenta que não só assegura a alta qualidade de um alimento, como também cria um vínculo entre o consumidor e a empresa geradora do produto - e é indispensável para cumprir a legislação acerca do tema. Entenda como funciona a rastreabilidade de alimentos em cada etapa da cadeia produtiva:

● MATÉRIA-PRIMA

Para garantir transparência à origem das mercadorias, na primeira etapa o órgão de certificação coleta dados sobre a própria produção do alimento: infraestrutura do local de produção, tamanho, demografia, atividades, monitoramento, entre outros.

● PRODUÇÃO

Na rastreabilidade de alimentos, todo o histórico da produção é registrado e pode ser acessado para verificação de informações cruciais sobre o percurso do produto.

Isso permite uma rápida identificação de falhas na cadeia produtiva - e ainda facilita o monitoramento da reutilização de embalagens, reduz custos e, se for necessário, promove recalls mais ágeis e eficazes.

● DISTRIBUIÇÃO

Com uma identificação única para cada lote do alimento em questão, fica muito mais fácil identificar como foi feita a distribuição, o transporte, o trajeto e por onde o produto passou antes de chegar na prateleira do mercado.

● REVENDEDOR/ USUÁRIO FINAL

O último estágio da rastreabilidade de alimentos é que possibilita a criação do vínculo entre o consumidor final e a empresa que comercializa o produto.

Com o código de identificação do lote, fica mais fácil garantir que se trata de um produto original e livre de falsificações, desvios e fraudes. O mesmo código ainda pode ser usado pelas empresas para criar promoções e programas de fidelidade.

Importância e vantagens da rastreabilidade

A rastreabilidade de alimentos é uma garantia de que a criação de um produto atendeu a exigentes normas éticas e de qualidade. Ela diminui as chances de que um alimento fora dos padrões de qualidade seja comercializado acidentalmente, consequentemente reduzindo a possibilidade de ocorrer propaganda negativa e recall de mercadorias.

Outros grande benefício da rastreabilidade de alimentos é que ela fortalece a conexão entre cliente e empresa - e vai além, dando visibilidade ao produtor rural e posicionando o revendedor como um ponto de venda de confiança.

A rastreabilidade de alimentos estabelece reputações positivas e credibilidade para todos os envolvidos na cadeia produtiva e é um instrumento de negócios valioso para atender as exigências do mercado atual.

Legislação obriga a rastreabilidade

Segundo o Código de Defesa do Consumidor, toda pessoa tem o direito de saber as informações básicas sobre aquilo que consome. Foi para atender essa exigência e garantir os direitos do consumidor que, em 2018, foi criada a Instrução Normativa Conjunta nº 02/2018, do Ministério da Agricultura e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A norma estabelece, entre outras medidas, que os produtores de vegetais frescos como frutas, hortaliças, raízes, bulbos e tubérculos, sejam produtos embalados ou não, devem adotar a rastreabilidade de alimentos como parte integrante e obrigatória no processo de produção.

Desta forma, desde 2018 a lei determina que todas as caixas, sacos e outras embalagens de frutas e hortaliças devem apresentar informações padronizadas para que seja possível identificar o produtor ou o responsável por aquele produto.

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Qual a importância da rastreabilidade de alimentos para as empresas?
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